Você está a fim de comprar um Hartke Kickback 15, mas gostaria de saber mais informações a respeito ele? OK, trago aqui as minhas impressões a respeito deste amplificador em forma de retorno de palco.
Sempre nos deparamos com situações do cotidiano musical em que é necessário o auxílio de um retorno naqueles shows em que os técnicos de mesa insistem em não retornar o sinal do baixo, achando que apenas o som vindo de trás resolve o problema.
A Hartke Systems colocou no mercado esta linha Kickback em dois modelos: um com alto-falante de 15” e outro com falante de 12” e menor potência. Toquei em um Kickback 15” (120w RMS) com um baixo Ibanez Roadstar II ’82 ativo, plugado diretamente no input do amplificador.
Trata-se de um amplificador “empurrando” um alto-falante de 15” com cone de alumínio, e seu formato de caixa angulada possibilita seu uso como retorno. A voltagem é 110V, mas é possível a conversão para 220V com apenas uma simples troca de fusível. Como opcionais, a máquina oferece equalizador gráfico de três bandas (com um contour de frequências de fácil acionamento), um direct out e uma saída para fone de ouvidos.
A maior novidade deste equipamento é a presença do efeito "Shape", que atua como um enhancer, ou seja, controla a frequência a ser trabalhada no espectro antes mesmo do sinal entrar no equalizador. Este último funciona como cut/booster das respectivas frequências e não como controlador, como na maioria dos equalizadores implantados nos amplificadores do mercado.
O Hartke em questão – que pesa 22 kg e mede 55,24 x 45,72 x 42,54 cm - foi submetido a uma série de testes, começando pela amplitude de sinais dos knobs. Ao ligar o amplificador, não notei nenhum tipo de ruído além daquele comum (estática) produzido pelo power. Girei cada um dos knobs - do mínimo ao máximo - com a finalidade de localizar algum tipo de anomalia no sinal emitido do falante. Novamente, nenhum tipo de ruído foi constatado, resultado obtido quando da execução do mesmo teste com o baixo plugado.
Depois, testei a potência do amplificador elevando o volume ao máximo e executando algumas notas graves e agudas. Um resultado surpreendente foi constatado: nenhum tipo de saturação foi notado, nem por parte do power, nem pelo falante. Para testar sua versatilidade, ajustei os equalizadores e o knob shape de várias maneiras, utilizando várias combinações. Obtive resultados interessantes.
Os timbres são extremamente versáteis, desde aqueles indicados para slap a la Dave La Rue até outros próprios para pizzicato, tipo Francis “Rocco” Prestia, passando por timbres médios de rock (tipo Billy Sheehan). Em todas as situações, o amplificador respondeu bem às situações e timbres ajustados. Notei apenas uma pequena falta de graves profundos, levando-se em consideração que o falante desse diâmetro deveria compensar tal perda, mas nada que desabone o ótimo resultado obtido no teste.
O amplificador é concebido com o gabinete angulado, em formato de retorno, em madeira revestida por um carpete preto e cantoneiras de polipropileno. Os falantes são protegidos por uma grade confeccionada em metal preta, aparentemente resistente, com os logotipos da marca e do modelo.
Os knobs são confeccionados em uma espécie de plástico com ranhuras, para facilitar o manuseio. Para seu transporte, o Hartke Kickback dispõe de uma alça posicionada na parte superior do equipamento. Seu peso pode ser considerado normal.
O amplificador Hartke Kickback 15 correspondeu às expectativas em seus testes, demonstrando ser uma máquina de graves poderosa, tanto nos timbres quanto na potência - timbres estes que são o ponto alto do aparelho, pois propiciaram ótimos resultados nos mais variados estilos musicais e com as mais variadas técnicas. A resposta de harmônicos é muito boa, pois ele mostrou muita definição sonora no timbre final.
É uma ótima opção não apenas como retorno de frente, mas também como amplificador de uma forma geral, dada a sua grande potência e qualidade de timbres, além de sua facilidade de manuseio e transporte.
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