Fonte: O Baterista
O que você quer dizer quando afirma que pretende “tocar o intocável”?
Isso significa que estou interessado principalmente em criar e executar padrões, grooves e paisagens sonoras novos e inovadores. Que estou focado em tocar coisas que nunca ouvi ninguém mais tocar antes. E me esforço em ser inovador e criativo, e estou mais interessado em produzir algo novo, mais do que “re-produzir” algo que já existe.
Você está no Brasil para uma pequena turnê de workshops. Quais suas expectativas?
Muito sol, muita gente empolgada, boa comida e samba suficiente pra me fazer dançar por um ano!
Você tem uma agenda de estudos diários, apesar da quantidade de trabalho. Como você se organiza pra cumprir tal agenda todos os dias?
Eu gostaria de manter esta rígida agenda de prática diária mas, como você pode imaginar, isso não funciona pra valer quando você trabalha muito. Na verdade, não tenho cumprido minha agenda de prática há vários anos, mas eu me obriguei a uma prática de quatro horas por dia, no mínimo, durante muitos anos. Ainda tento estudar regularmente hoje, mas relacionado ao trabalho com o qual estou atuando no momento, quando trabalho em novas músicas, aprendo material para turnês e gravações, e ajustar idéias. Para minhas situações solo estou planejando voltar àquele regime de prática rigoroso, mas sempre parece haver trabalho demais no caminho.
O que estava incluso na sua agenda de estudo, quando você a realizava?
Técnica, coordenação e independência, mecânicas e movimentos, exercícios para aumentar a energia e a resistência e a criação de novos grooves e padrões
Você gosta de chimbais (há quatro no seu set). Por quê, e como você os usa?
Eu amo chimbais! São os instrumentos mais versáteis da bateria. Você pode tocá-los com as duas mãos e com os pés, eles tem tantos sons diferentes e opções de se tocar e aparecem na música muito bem. Uso diferentes sons, de diferentes chimbais, pra enfatizar as mudanças da música e criar variações entre as seções de uma música, e extraio diferentes texturas e sons de cada chimbal pra criar uma paisagem sonora mais complexa na área das freqüências altas do instrumento. Especialmente quando em um contexto de solo de bateria, tento sempre empregar mais de um chimbal pra criar grooves e passagens mais complexas e interessantes.
Você está tocando no Stork, com o guitarrista Shane Gibson (Korn) e o baixista Eloy Palacios. Do que se trata esta banda?
O Stork é um power trio. Para nós, é a chance de tocar nossas idéias musicais malucas sem limites ou compromissos. O álbum tem recebido bastante atenção mundo afora e está disponível no iTunes, assim como fisicamente pelas distribuidoras Dismantic e E1. A música do Stork é extremamente desafiadora e complexa, e bem pesada. É uma situação que permite a nós três brilhar e tocar em alto nível, dentro de um contexto de banda.
Quais outros projetos em que você está atuando?
Tenho outra banda chamada Hela Cells, e outro projeto paralelo baseado em Los Angeles (EUA) chamado Schwarzenator. Tocamos em clubes e casas de show em Los Angeles, e é um projeto divertido, que normalmente atrai bastante gente por aqui. É uma banda conceitual inspirada nos filmes de Arnold Schwarzenegger. Cada música é sobre um filme diferente, e nós todos usamos fantasias de vários filmes no palco. É bem divertido, mas ainda assim a música é aquele heavy metal desafiador, com seções bem complexas.
O Hela Cells é uma banda que mantenho com JP Von Hitchburg (vocalista do Schwarzenator), Jamie Hunt e Dan Veal, da Inglaterra (ele tocou no Sikth e no Biomechanical). Tocamos metal progressivo moderno, mas com um lado comercial. Também estamos gravando neste momento e o álbum está agendado para ser lançado no começo de 2011.
Esta matéria foi realizada com o apoio e esforço de Walter Bondioli. Muito obrigado pela dedicação e amizade!
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